No entremeio da vegetação que se instalou aleatoriamente nos anos de abandono, insinuava-se, portanto, uma ordem, um desenho, uma intenção: não se tratava de um bosque natural, mas de um jardim, um jardim centenário, o Jardim do Des Oiseaux, um jardim histórico de São Paulo.
Interpretar os fragmentos, religá-los, encontrar o seu desenho, reconstituir os antigos passeios e fazer emergir, em meio ao bosque, o antigo jardim, tornou-se a alma primeira do projeto do parque, um parque a conter um jardim histórico.
Das antigas freiras ouvimos o relato de um espaço de meditação pontilhado por imagens de santos a que chamavam “A Colina”. Sim, era ela que, ali, ainda permanecia, quase indecifrável, e era para lá que todos os caminhos nos levavam, para o alto.
Neste momento, já não podíamos ver apenas um jardim ornamental, mas um jardim consagrado, um lugar plasmado por certa dimensão do sagrado